terça-feira, 18 de outubro de 2016

Conheça a história do Imperador Cristão Teodósio I O Grande.

(FLÁVIO)TEODÓSIO I O GRANDE
 (346<380-395>)
Pe. Ignácio, dos padres Escolápios


1A PARTE: CRONOLOGIA DE SUA VIDA

346.-Nasce em Cauca, atual Coca(Segóvia, Espanha) com o nome de Flávio Teodósio, filho de Thermantia e de Flávio Honório Teodósio, o velho, lugar-tenente hispano e um dos generais mais prestigiosos de Valentiniano I, por isso foi descrito como dux efficacisimus [chefe, ou general, altamente eficaz].

368-9,-Teodósio o jovem, luta junto com seu pai contra os pictos (povos da Escócia que pintavam seus corpos para a guerra, daí seu nome), na Inglaterra, detrás da famosa muralha de Adriano que separava a Inglaterra da Escócia com 117 km de comprimento e que demorou 6 anos na construção.

370-1,-Teodósio luta contra os alamanni (alemães) nos chamados agri decumani (Floresta Negra) entre a França e a  Alemanha.

372-3,-Idem contra os Sármatas, povo do sul da Rússia  que entravam na Bulgária atual, nos Bálcãs.

373,-Primeira pugna entre Ambrósio, bispo de Milão, com o poder temporal. Morte de S Efrém de Nisíbia ou Nisibis (mapa 12)

374,-Como dux (comandante militar ) na diocese (nome dado às províncias por Diocleciano) da Mésia no baixo Danúbio derrotou de novo os Sármatas quando só contava 27 anos. Além da experiência militar, tanto pai como filho,  ambos de origem aristocrática (daí o nome de Flávius) eram expertos com os cavalos hispanos, famosos por suas atitudes para a guerra e sobretudo para as carreiras que tanto apaixonavam os contemporâneos. Aurélio Símaco, um dos senadores romanos mais notáveis na época, importou cavalos de suas propriedades hispanas para as carreiras com que devia comemorar a prefeitura de seu filho em Roma. Desses cavalos, misturados com os do norte da África, resultou a raça chamada árabe, tão estimada como puro sangue nas corridas modernas. Seu pai era na época magister equitum (mestre da cavalaria) ) assim nomeado pelo imperador Valentiniano I. Na mesma data das vitórias do filho na Mésia o pai foi enviado com plenos poderes ao norte da África para reprimir a sublevação de Firmo.

375.- Ao morrer Valentiniano I de doença quando tratava desde Sirmium (Sremka Mitrovica da atual Sérvia, ao oeste de Belgrado) (mapa 6) repelir os Quados (povos de origem suévia no centro da Alemanha, capital Augsburg),sucede-lhe Graciano, o filho, agora com 16 anos, que reconhece Valentiniano II, seu meio irmão de 4 anos como augusto. Devido a maquinações da corte de Graciano (367-83) , a sorte dos dois Teodosios mudou. O pai foi arrestado e executado em Cartago. Embora cristão só se batizou na hora da morte. O filho, nosso Teodósio, se retirou à Espanha durante três anos. É possível que a finca onde se retirou fosse a de um tio  de nome Materno Cinegio. Aí casa com sua compatriota Aelia Flaccilia da que teve pronto o primeiro filho, Arcádio, logo Honório e uma filha Pulqueria.

378.-devido à derrota de Andrianópolis, Graciano chama Teodósio que derrota os Sármatas.

379.- Graciano nomeia Teodósio I, imperador do Oriente. Ao provar Teodósio sua habilidade como militar, derrotando os visigodos causadores do desastre de Andrianópolis, Graciano o proclamou co-imperador, dando-lhe o domínio do Oriente junto com as províncias de Dácia e Macedônia.

380,- .-Teodósio, augusto do Oriente, após a paz com os godos, entra triunfante em Constantinopla, que será sua capital e lugar de residência habitual até 388 em que se dirige a Milão. Aparece a crônica de S. Jerônimo. Pelo edito de Constantinopla de Teodósio I Imperador romano do Oriente se confirma o cristianismo como religião de Estado no Império. Teodósio se batiza como cristão devido a uma grave doença, contraída em Tessalônica escolhida por ele como capital temporária, sendo assim o primeiro imperador romano que exerceu o poder estando batizado, apesar dos seus predecessores desde Constantino, à exceção de Juliano, se declarassem cristãos e intentassem se comportar como tais. Foi talvez por isso que foi o primeiro imperador que recusou o título de Pontifex  Maximus , que podemos traduzir por Supremo Guardião dos velhos cultos romanos. Como reconhecesse que os bárbaros, especialmente os teutônicos e germânicos, podiam ajudar o exército, bastante minado pelas lutas internas, Teodósio os admitiu como tropa e oficiais, de modo que em suas dioceses (província hoje) tanto romanos como teutônicos se encontravam entre seus generais. Em Constantinopla constrói as muralhas e o forum (Praça) o maior da época ao estilo de Trajano em Roma. Teodósio, consanguíneo com a família Aelia da qual procedia sua esposa, era hispano como Trajano e com o qual tinha grande semelhança: loiro, de mediana estatura e de agradável aspecto, quis imitar nisto seu predecessor. Junto com Graciano editam um decreto que manda que todos os súditos deviam professar a fé dos bispos de Roma e Alexandria. Os templos dos arianos e heréticos não podiam ser chamados de igrejas.

Fonte: http://www.clerus.org/clerus/dati/2007-11/23-13/21FLAVIO.html


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